A CULPA! SEMPRE A CULPA!
Não existe um belo ditado que diz: aonde a vaca vai, o boi
vai atrás??
Pois então, na maternidade a gente pode dizer que: aonde a
mãe vai, a culpa vai atrás!
Eu poderia enumerar centenas de vezes que me senti culpada
por alguma coisa que fiz ou deixei de fazer com/pelo meus filhos.
A culpa parece ser parte integrante do pacote “Bem vinda a
maternidade!” e acredito que nunca irá embora, mesmo que a gente aprenda a
lidar com ela!
É normal que abrir mão de muitas coisas na nossa
vida, por muito tempo, por conta dos filhos, mas chega uma hora que é preciso
mudar!
Mudar não, aprimorar.
Ser mãe não apaga os outros “eus” de uma mulher.
Desde que Arthur nasceu, eu vou adaptando minha rotina por
conta dele. Como a profissão do meu marido não permite e a minha é um pouco
mais flexível (pois sou professora então minha carga horária é menor e tenho
mais opções de turnos de trabalho), eu que vou me ajustando, então sempre
escolhi trabalhar em horários que fossem compatíveis com o que ele precisava!
Se ele ficava de tarde com minha mãe, era de tarde que eu trabalhava. Com o
início da escola, também fui acompanhando a rotina dele e depois a do Matheus.
No ano passado eu senti que já poderia tentar mudar algumas
coisas, pensando um pouco mais naquilo que eu almejava para mim, então mudei
meu horário de trabalho. Mesmo assim não foi fácil pois alteramos um pouco da rotina dos meninos e isso mexeu com eles.
Hoje, os dois já estão adaptados e apesar de ainda
relutarem, seguem aquilo que é necessário.
Esse ano, algo a mais começou a mexer comigo.
Quem me acompanha sabe o quanto está difícil "permanecer
professora" e a cada dia vejo menos futuro naquilo que escolhi ser e exercer.
Mas eu ainda sou do tipo sonhadora que acredita nas mudanças, tenho esperança
de um dia ainda me realizar então vou tentando mudar/adaptar algumas coisas para ver se
dá certo.
Tenho pensado muito em mais uma mudança, que pode mexer um
pouco mais com os meninos e isso tem me perturbado! Claro, porque ela, justo ela, faz
questão de me lembrar que está aqui, bem do meu ladinho: A CULPA!
Não sei se penso mais em mim e sigo os planos, se mexo
comigo para ajudar os meninos ou se deixo tudo como está e espero um pouco
mais.
Era tão fácil quando eu não tinha filhos e as decisões
ficavam só entre “ah, beleza, vamos lá!” ou “eu não, não quero isso pra mim
não!”
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