ADOLESCÊNCIA AOS 6! COMO LIDAR?
Das coisas que nunca me disseram sobre a maternidade: o
Terrible two não acaba no two não...
Na verdade tenho acreditado na teoria de
que ele só vai amadurecendo e passa de “terrible” para adolescência parte 1, 2,
3 e assim por diante...
É engraço como que, por um lado as coisas facilitam de um
jeito inexplicável conforme a criança vai crescendo. Nosso desgaste físico
diminui, as exigências deles diminuem, as rotinas começam a se estabelecer e a
coisa da maternidade começa finalmente a se internalizar em nós.
Por outro lado, os desafios mudam. Não que eles aumentem,
eles mudam!
Quer um exemplo?
Estou na dúvida se meu primogênito fará 6 ou 16 agora em
setembro...
Realmente a infância é magnífica! São tantos aprendizados
fervilhando na vida deles, tantas novas experiências que vão construindo uma
bagagem linda e única na vida de cada um. Mas ela também é um mar de
incertezas. É um responsabilidade sem fim pois é durante a primeira infância
que muitas coisas são estabelecidas e firmadas.
Arthur descobriu que as pessoas crescem, ficam ”velhinhas” e
um dia viram estrelinhas e isso foi o ponto de partida para um sentimento tão
temido mas necessário de ser aprendido: o MEDO.
Sua maior angústia é saber se vai demorar muito tempo até
ele virar uma estrelinha. Mas apesar de ele saber que não se vira estrelinha só
se ficar velhinho, sua maior preocupação é exatamente essa!
Ele não quer andar de avião pois tem medo que caia,
não quer ir ao banheiro sozinho porque algum bicho vai aparecer e tem acordado
durante a noite chamando por mim com medo do escuro (mesmo a gente deixando uma
luminária fraca acesa).
Eu confesso que tenho uma parcela de culpa (olha lá a nossa
querida amiga culpa mais uma vez presente) pois já usei alguns desses "medos" a
meu favor (errando e aprendendo né?) mas na hora do desespero, a gente recorre
a qualquer coisa, esquecendo de todas as teorias que a gente acredita.
Esse “conjunto de medos” que ele desenvolveu acarretou em
alguns comportamentos compulsivos (ainda mais por ele ser uma criança
sistemática) como pigarrear, coçar o nariz e o “pipi”.
Temos tentado desconstruir alguns conceitos e explicar outros
pois ele já está na fase de entender certas coisas então o melhor é deixar
claro e não esconder ou inventar o que não existe.
Outro ponto marcante, são os “porquês”. Meu Deus, quanta
pergunta! E algumas tão difíceis de se explicar! Ele quer saber o que acontece
se engolirmos ar, chiclete, água do chuveiro... Porque as pessoas são assim ou
assado, porque ele pode ou não pode tal coisa...
Inclusive, essa é uma questão que está pegando por aqui: o
questionamento (ou a resposta) pronto para tudo e nem sempre de uma maneira
educada (parece que estou me vendo com minha mãe há 24 anos atrás).
A gente
sabe que essa hora vai chegar mas nunca está totalmente preparada para ela!
Arthur tem resposta pra TUDO e quer que tudo aconteça de sua
maneira. Quando é contrariado, sai de baixo! Mas não é birra não! É pior!
- Então quer dizer que você não me ama mais né?
- Ninguém me escuta nessa casa!
- Eu falo falo falo mas ninguém me entende!
- Quero ficar sozinho! Sai daqui!
- Vou para o meu quarto e não quero ninguém lá!
É... e eu achando que demoraria mais alguns anos para ouvir
tudo isso!
Mas hoje as crianças estão em um ritmo diferente, entendem o
mundo de uma maneira diferente, aliás, o mundo está diferente e cabe a nós
procurarmos entendê-las, respeitá-las e elaborar estratégias para driblar cada
fase (sabe aquele final de fase que tem um chefão bem grande que você deve
derrotar em 15 segundos? Bem vinda!!).
Mas então, se alguém descobriu quais são essas tais estratégias, me avisa por favor!
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